O bilionário e cofundador da 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, é um dos nomes mais influentes do mercado empresarial global. Com uma fortuna avaliada pela Forbes em cerca de US$ 16,1 bilhões (R$ 81,4 bilhões), Lemann é conhecido por seu papel estratégico em empresas como Ambev, Burger King e Americanas.

Em palestra recente na Harvard University, durante a Brazil Conference, o empresário compartilhou experiências pessoais e cinco conselhos para quem deseja prosperar no mundo dos negócios. O fundo de investimentos 3G Capital, fundado por Lemann, é o que controla a AB Inbev, maior cervejaria do mundo e que também conta com participações em outras companhias globais, como a Kraft Heinz.

Mas o império do super rico não começou com a 3G Capital. Lemann foi sócio-fundador do Banco Garantia, inaugurado em 1971, que se tornaria o maior conglomerado privado por vendas do Brasil, depois de adquirir o controle acionário de empresas como Brahma, Lojas Americanas, Artex e Playcenter, como publicaram Fernando Granato e Nilton Horita no Estadão em 25 de agosto de 1996.

A trajetória de Lemann combina momentos de sucesso e fracassos, mas ele prefere chamá-los de “não sucessos”, destacando que, ao longo de mais de seis décadas de atuação, seus acertos sempre superaram os erros. Confira as 5 lições que o empresário ofereceu a novos empreendedores, segundo a Forbes:

1. Sonhe alto

Lemann acredita que a ambição é essencial para quem quer crescer. Ele recordou como, na juventude, seu foco era imediato — apenas planejava o próximo dia de surfe.

No entanto, a vida acadêmica ampliou sua visão. “Eu percebi que existia um mundo muito maior do que eu imaginava e que, para alcançar o meu potencial, era preciso pensar grande e no longo prazo, sabendo que eu atingiria aquele objetivo algum dia”, afirmou.

2. Assuma riscos

Embora tenha se formado em Harvard, Lemann alerta que o conhecimento acadêmico, por si só, não é suficiente para vencer nos negócios. Ele ressalta que excesso de teoria pode inibir a ação prática. “Quem estuda demais confia muito nos estudos e não desenvolve o lado do risco. Nos negócios é preciso saber tomar risco e desenvolver esse feeling.”

3. Tenha um produto um pouco diferente dos outros

Para Lemann, não é necessário criar algo revolucionário para conquistar o mercado. Pequenas inovações são, muitas vezes, suficientes para construir um diferencial competitivo.

“Se você fizer tudo exatamente como os outros estão fazendo, não terá sucesso. Então tente ser um pouco diferente, inove de alguma forma para conquistar o seu lugar no mercado.”

4. Tenha as melhores pessoas ao seu lado

Um dos maiores aprendizados da carreira de Lemann foi perceber a importância da diversidade nos times. No início, ele acreditava que trabalhar com pessoas semelhantes a ele seria a receita para o sucesso. Ele conta que montou uma empresa com colegas das melhores universidades dos EUA, mas ela faliu em três anos. “Foi ali que entendi que é preciso ter pessoas diferentes para construir um negócio saudável”, afirmou ele.

5. Medir, medir e medir

Segundo Lemann, medir o desempenho é uma prática indispensável. Entenda quais são os objetivos, faça e mensure como você chega lá e está chegando lá.

Para ele, acompanhar indicadores e ajustar rotas é uma prática contínua que permite corrigir erros e aproveitar novas oportunidades.

Fonte: E-Investidor / Estadão

Até o próximo artigo!

Faustino Júnior – LinkedIn: faustinojunior | Instagram: @admfaustinojunior
Administrador de Empresas, Consultor Sênior na Merkato Consultoria, Auditor Líder ISO 9001/14001/45001/22000, Analista de Perfil Comportamental DISC. Ajuda empresas e profissionais a desenvolver competências e negócios competitivos.

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João Appolinário nasceu na cidade de São Caetano do Sul, em São Paulo, em 1960. Quando criança, João costumava passar suas férias no Guarujá. Além disso, sua família possuía uma casa na praia de Pernambuco e um barco ancorado em Santos.

Ele viveu sua infância em São Caetano até os 6 anos de idade. Após esse período, sua família mudou-se completamente para a cidade de São Paulo.

Nos arredores da casa de João Appolinário, seu pai adquiriu um terreno amplo que foi transformado em um prédio de 6 andares, onde ele abriu uma concessionária.

Com um pai empreendedor, a trajetória de João não foi muito diferente. Ele seguiu os passos de seu pai e começou a empreender desde cedo em sua vida. Um dos seus primeiros empreendimentos, por exemplo, foi um ringue de patinação na cidade de Guarujá. Naquela época, patinar estava na moda e a ideia parecia promissora. Vale destacar que ele também investiu em uma empresa de confecção de seu primo, que estava precisando de dinheiro na época. João sempre gostou de ter múltiplos negócios.

O pai mentor

João afirma que participar dos investimentos de sua família foi sua verdadeira formação acadêmica. Foi nesse ambiente que ele teve acesso às principais lições práticas e aprendeu sobre o mundo do empreendedorismo.

O ringue de patinação, todavia, acabaria se provando um fracasso, pois João, na época, tinha uma atitude mais relapsa e não cuidava direito do negócio, e o seu pai viu isso.

O conselho que seu pai deu, foi: “Se você quer que alguma coisa dê certo, precisa ficar em cima”. Como ele não estava presente no negócio, perdeu o valor de um Ford Corcel à época.

O ainda jovem empreendedor decidiu então que seu objetivo era brilhar e encher seu pai de orgulho. Ele queria conquistar a admiração de seu pai, que considerava seu grande professor e mentor, e que havia sido sua principal fonte de inspiração.

Motivado por essa determinação, ele decidiu não se contentar apenas com o confortável papel de herdeiro. Ele estava disposto a arregaçar as mangas e buscar seus próprios horizontes, a fim de construir seu próprio império.

Da concessionária da família à Polishop

O João Appolinário que conhecemos hoje moldou-se como sócio da concessionária de automóveis da sua família. Nesse período da vida adquiriu muita experiência administrativa.

Alguns anos depois, no entanto, João decidiu passar um período fora do país. Quando retornou, veio focado em fazer a venda de um produto para emagrecer, chamado Seven Day Diet.

Este produto havia sido criado pelo nutricionista norte-americano Gary Smith, que na época era a pessoa que cuidava pessoalmente da preparação física de Emerson Fittipaldi. Na época, os especialistas diziam que o produto que João queria vender era caro demais para o público-alvo que ele tinha, também criticando a sua abordagem de vendas.

A forma como o empresário queria vender o produto de emagrecimento era por meio da televisão e do telefone. Apesar do desincentivo, ele bancou a ideia e acreditou até o fim. O que o ajudou a ter sucesso na empreitada foi o apoio financeiro do ex-piloto Emerson Fittipaldi, que também acabou se tornando o garoto propaganda do produto.

Eventualmente, três anos após o lançamento, mais de 600 mil kits já haviam sido vendidos, provando o sucesso do produto e o tino empreendedor de Appolinário.

Com o dinheiro adquirido dessa primeira empreitada e de outros investimentos, o empresário então fundou uma nova empresa, conhecida no Brasil todo hoje como Polishop, e o resto é história.

A Polishop hoje

Segundo dados da Associação Brasileira de Franquias (ABF), a Polishop é a maior rede de franquias multicanal do Brasil, com mais de 300 lojas espalhadas pelo país. Além disso, a empresa tem registrado um crescimento constante em sua receita, tendo atingido um faturamento de R$ 2,2 bilhões em 2021, segundo informações divulgadas pela própria companhia.

A gestão de João Appolinário à frente do crescimento do grupo o colocou entre os empresários de renome do país, tanto que foi convidado, em 2016, para ser um dos integrantes do programa de TV Shark Tank Brasil.

Lições empreendedoras

Como um empresário de grande destaque nacional, João Appolinário conquistou uma legião de admiradores graças à sua marcante atuação no mundo dos negócios, impulsionando grandes transformações em diversos setores do mercado.

Por essa razão, não é surpresa que suas declarações em entrevistas, programas de TV e palestras sejam frequentemente impactantes, oferecendo ensinamentos valiosos para aqueles que almejam se tornar empreendedores de sucesso.

Separamos abaixo algumas de suas lições empreendedoras:

#1 – De olho na inovação!

“Não meço palavras, não desperdiço tempo com o que não funciona e sou um cara insaciável por mudanças e inovação”.  João Appolinário

João Appolinário sempre foi um homem que, desde muito cedo, reconheceu a importância de incorporar inovação em todos os seus investimentos. Ele transformou essa característica em uma qualidade fundamental de sua empresa, tornando-a um motivo pelo qual as pessoas escolhiam adquirir seus produtos. Mesmo após alcançar o sucesso, o empresário continua em constante busca por trazer as mais recentes novidades e lançamentos mundiais para o nosso país.

#2 – Questione sempre!

“Eu não acredito no óbvio. Porque se uma coisa é óbvia só depois que alguém fala, não é óbvia. Logo, o óbvio não existe”. João Appolinário

Uma característica muito importante que está presente na personalidade desse grande empresário brasileiro é justamente o seu perfil questionador. Através dessa qualidade ele conseguiu transformar completamente todo um padrão de mercado de uma época.

Foi dessa forma que ele conseguiu enxergar todas as possibilidades que teriam um grande potencial de transformação em sua vida como profissional. Além disso, isso permitiu que conseguisse entender a importância de trazer inovações que pudessem realmente ser úteis na vida da maioria das pessoas.

Além disso, ter essa perspectiva de não acreditar no óbvio o fez reconhecer a importância de explicar, em todos os seus anúncios, o funcionamento completo e as vantagens de adquirir um determinado produto.

#3 – Entenda (excepcionalmente) bem o seu produto!

“Não acho que sou bom vendedor. Eu gosto de explicar o produto. Não pergunto se você quer comprar, a decisão é sua.” João Appolinário

Explicar todas as características de um produto sempre foi algo essencial para João Appolinário. O objetivo era fazer com que a pessoa se tornasse cada vez mais interessada. Tudo isso fez com que ele adquirisse o entendimento que ninguém compraria seus itens sem saber minimamente qual seria a sua utilidade em sua rotina.

A partir disso ele elevou todas as estratégias de venda, assim como a forma de fazer publicidade a outro nível, no início pela TV e por telefone e, com a ascensão da internet, também através do ecommerce.

#4 – Problemas são oportunidades disfarçadas!

“Naturalmente, qualquer empreendedor tem problemas todos os dias. Mas o empreendedor não pode ser um cara que só enxerga problemas, tem de enxergar oportunidades.” João Appolinário

Appolinário destaca que o empreendedor deve possuir uma clara consciência da importância de lidar com desafios ao longo de sua jornada. Ele compreende que, para investir, é necessário estar preparado para enfrentar problemas.

Qualquer situação que envolva um desafio requer uma solução efetiva. Dessa forma, reforça-se ainda mais a ideia de que é precisamente nessas circunstâncias que surgem as maiores oportunidades de negócio.

#5 – Melhore continuamente!

“Quem quiser obter sucesso no empreendedorismo tem de trabalhar cada vez melhor, buscar a qualidade.” João Appolinário

Encontrar maneiras de realizar os processos da melhor forma possível está diretamente ligado à qualidade de uma entrega. E se, além de fazer melhor, você ainda encontrar uma forma de reduzir os custos e fazer mais rápido – sem perder a qualidade, claro – aí você estará, também, sendo eficiente.

A busca pela satisfação dos clientes deve ser uma constante na rotina de qualquer empreendedor. Durante a trajetória da Polishop, Appolinário sempre prezou por entregar a melhor experiência possível aos seus clientes.

Quer que a sua marca, seu produto ou serviço sejam vistos, lembrados e indicados? Investir na experiência do cliente é fator essencial para atingir esse objetivo.

Até o próximo artigo!

Faustino Júnior – LinkedIn: faustinojunior | Instagram: @admfaustinojunior
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O gênio por trás da marca, o sueco Ingvar Kamprad era conhecido por sua frugalidade. Até sua morte, em 2018, aos 91 anos, teve uma vida de hábitos simples, mas, para muitos, excêntricos. Neste artigo veremos um pouco da história de Kamprad e 3 importantes aspectos de sua gestão à frente da IKEA.

Ingvar Kamprad (30 de março de 1926 – 27 de janeiro de 2018) nasceu em uma pequena aldeia na Suécia, a mesma onde seu avô havia se suicidado quando percebeu que não podia pagar a hipoteca da fazenda de sua família. Sua avó teve de manter o negócio e seu pai com frequência lhe dizia que ele nunca iria conseguir chegar a lugar algum.

“O que é bom para os nossos clientes é, a longo prazo, também bom para nós”.
Ingvar Kamprad

Muitos empreendedores ao idealizar seu negócio gastam todos os seus recursos e tempo desenvolvendo suas ideias apenas para descobrir que seus clientes não as querem. Uma das melhores maneiras de evitar que isso aconteça e garantir que haja procura pelo que você oferece é falar com seus clientes em potencial, ouvi-los, e criar seus produtos e serviços com base em seus problemas, dando-lhes soluções práticas que eles estarão satisfeitos em pagar.

# 2 – Liderança pelo exemplo

Se você é dono de seu próprio negócio, ou possui uma equipe de subordinados na empresa onde trabalha, então deve pensar sobre o seu estilo de liderança e como você inspira aqueles que trabalham com você a dar o seu melhor a cada dia.

Kamprad acreditava que a melhor maneira de incentivar os funcionários a ter dedicação ao trabalho e bom caráter é exemplificá-los em sua própria vida. Assim, mesmo tendo bilhões de dólares em sua conta, ele dirigia um Volvo 240 GL ano 93, frequentemente usava o transporte público na Suíça, e voava em classe econômica.

Kamprad disse: “Sou um pouco pão-duro com dinheiro, mas e daí? Eu olho para o dinheiro que eu estou prestes a gastar comigo e me pergunto se os clientes da IKEA podem pagar… Eu podia viajar na primeira classe regularmente, mas ter dinheiro em abundância não me parece ser um bom motivo para desperdiçá-lo. Se existe algo que possa significar uma boa liderança, esse algo é dar um bom exemplo. Eu tenho que fazer isso para todos os colaboradores da IKEA.”

#3 – Nunca perca o seu tempo

Você só tem poucas horas em um dia para realizar seu trabalho e alcançar seus objetivos. Não as perca! Cada pequeno passo que você hoje dá para construir seu negócio poderá significar grandes resultados amanhã, mas você tem de utilizar bem o seu tempo para transformar sua visão em realidade.

A simplicidade de Kamprad era igualada apenas por seu desejo de nunca desperdiçar seu tempo. Tendo isso em mente, ele construiu a filosofia empresarial da IKEA em torno de eficiência e dedicação ao trabalho. A IKEA sempre manteve poucas camadas de gestão, e praticamente eliminou os títulos e privilégios. São poucos os engravatados e, em qualquer setor da empresa, todos os funcionários estão dispostos a por a mão na massa em qualquer tarefa que julguem ser necessária.

De acordo com Kamprad: “O tempo é seu recurso mais importante. Você pode fazer muito em dez minutos. E esses dez minutos, uma vez passados, se foram para sempre. Dez minutos não são apenas um sexto do seu salário por hora. Dez minutos é um pedaço de você mesmo. Divida sua vida em unidades de dez minutos e quando possível sacrifique poucas delas em atividades sem importância.”

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Geraldo Rufino nasceu no interior de Minas Gerais, mas mudou-se com sua família para a casa de uma tia em São Paulo aos quatro anos. Isso aconteceu devido a uma geada que queimou toda a plantação de café de sua família.

Assim que chegou a São Paulo, ouvia dizer que aquele era um período ruim e o país estava em crise. Mas Rufino ainda era criança e não sabia o real significado disso, o que fez com que ele abolisse essa palavra de seu vocabulário.

Segundo Rufino, você tem de ser o responsável por desenvolver oportunidades, novas ideias e negócios. Afinal, o dinheiro não vai sair do mercado, vai apenas mudar de mãos.

Nesse tempo, ele se defrontou com a morte de sua mãe. Com isso, teve que começar a trabalhar em minas de carvão para ajudar seu pai nas despesas de casa. Em seguida, começou a trabalhar também em um lixão, catando latinhas para reciclagem.

Neste momento, surge sua primeira grande ideia empreendedora: Para ganhar produtividade e conseguir recolher de forma mais fácil o que encontrava lá, ele começou a fazer carrinhos de mão. A ideia deu tão certo, que, nos finais de semana, ele os alugava para outros meninos.

Dessa forma, ele e seu irmão começaram a juntar o dinheiro em um terreno baldio, mas aí veio a sua primeira quebra: o terreno foi limpo e eles perderam todas as economias realizadas. Logo em seguida veio a sua segunda quebra: Geraldo foi ajudar seu pai a pagar algumas contas do bar. Isso fez com que o boteco que ele tinha aberto com o irmão falisse.

O próximo passo encontrado foi trabalhar de carteira assinada como office-boy. Aos 13 anos, trabalhava 12 horas por dia, tinha grande empenho, dedicação e uma busca incessante em se desenvolver, a fim de abrir seu próprio negócio.
Ele sempre teve em mente o que queria de cada empreendimento, e sabia também que a persistência e o trabalho seriam o caminho para ele alcançar o que desejava.

Início da JR Diesel

Todo dinheiro guardado de suas economias e do seu trabalho foi investido na área de transportes. As coisas iam crescendo, e Rufino conseguiu criar uma frota que já chegava a cinco caminhões, até o momento em que ocorreu um acidente e acabou destruindo todos os caminhões.

E aí, depois de quebrar novamente, qual seria a solução?
Rufino e seu irmão não se abalaram, tiveram a ideia de criar um desmanche com esses caminhões, o que poderia ser uma oportunidade lucrativa, já que vender as peças, separadamente, podia ser muito mais rentável do que vendê-las juntas, num veículo pronto.

Assim, iniciava-se a tão famosa JR Diesel, mas Rufino tinha uma pulga atrás da orelha!
Ele acreditava que esse setor de desmanches era um lugar sujo e com peças velhas. Diante desse cenário, ele então procurava soluções para alterar esse aspecto do ponto de vista dos clientes. Era incontestável que o setor precisava de melhorias. Dessa maneira, Rufino optou por priorizar a qualidade, a limpeza e a organização do ambiente de trabalho. Tudo isso aliado as a inovações no setor.

Com isso, os resultados começaram a aparecer rápido, mas os irmãos resolveram finalizar a sociedade. Isso fez com que Rufino tivesse que se reorganizar para fazer a empresa crescer novamente.

Junto a isso, um de seus grandes contratos era estrangeiro, e o rompimento desse acordo fez com que a JR Diesel quebrasse novamente. Porém, Rufino tinha grande credibilidade e conseguiu fazer bons acordos para realizar os pagamentos.

Após quebrar seis vezes, ele enxergou só oportunidades e fez com que a JR Diesel se tornasse uma das maiores empresas do mundo no seu setor, faturando hoje cerca de R$ 50 milhões brutos anuais.

Lições Empreendedoras

“A força do empreendedorismo começa dentro de casa, a sensação de união, de equipe, de time. Pega mentoria, pega orientação, pega informação da mãe, do pai. Olha o que essas pessoas já viveram! Isso não tem em universidade nenhuma. Você precisa aprender a ouvir para evoluir.” Geraldo Rufino

Sobre a pandemia, Rufino lembra que “as crises sempre existiram e nunca deixarão de existir, porque, se não tiver crise, não tem mudança, não tem evolução”. Mas, segundo ele, “tem muita gente olhando para o estrume, mas tem de prestar atenção no cavalo. Agora tem mais oportunidade do que antes”.

Para ele, os tempos não estão mais difíceis, estão diferentes. “É preciso parar de pensar negativo, de pensar que para o outro é mais fácil. Não terceirize a culpa: o governo, a pandemia, o dólar. Quantos motivos você precisa para não acreditar em você e empreender?”

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Walt Disney foi um influente e inovador empreendedor nos meados do século 20 e, com o passar dos anos, ele tornou-se o principal comandante de um império de bilhões de dólares. Segue um breve resumo de passagens interessantes de sua vida.

Os primeiros anos de Walt Disney

Walt Disney nasceu em 1901 em Chicago e desde a mais tenra idade já demonstrava seus talentos artísticos. Aos 16, alistou-se na Cruz Vermelha e serviu na Primeira Guerra Mundial, dirigindo uma ambulância que personalizou com seus próprios desenhos animados. Após seu retorno, ele trabalhou como cartunista publicitário em na cidade de Kansas, Missouri.

Disney então decidiu se mudar para a Califórnia, onde começou a trabalhar com seu irmão, Roy. Walt cuidou dos aspectos criativos da parceria, enquanto Roy se concentrou nos negócios e nas finanças. Os irmãos Disney pegaram emprestado uma pequena quantia de dinheiro, montaram um estúdio na garagem do tio e causaram um grande barulho com uma série de desenhos em preto e branco com um coelho chamado Oswald, produzidos para o Universal Studios. Quando Walt pediu um aumento à Universal, no entanto, ele teve seu pedido recusado. Como o estúdio manteve os direitos do personagem, a Disney parou de desenhar Oswald depois de 1928, embora a série continuasse até 1943.

Espírito empreendedor de Walt Disney

Disney voltou à prancheta, produzindo um desenho animado silencioso chamado Plane Crazy, que apresentava um novo personagem chamado Mickey Mouse. Mas o advento do som mudou tudo em Hollywood. Para capitalizar com a mania dos novos filmes “falantes”, a Disney adiou Plane Crazy e, em vez disso, produziu um segundo desenho animado do Mickey Mouse, este com som. Steamboat Willie (O Vapor Willie, no Brasil), lançado em 1928, foi o primeiro filme de animação a apresentar som sincronizado. Apesar do sucesso internacional do filme, Walt e Roy ainda precisavam de dinheiro, então eles licenciaram a imagem de Mickey Mouse por uma taxa de US$ 300,00, para ser usada em uma caderneta de papel destinada a crianças.

Disney ficou obcecado em usar a mais nova tecnologia para seus filmes. Ele obteve os direitos exclusivos de uso do Technicolor em filmes de animação por dois anos, ganhando seu primeiro Oscar em 1932 pelo curta de animação Flores e Árvores, que também foi o primeiro desenho animado colorido.

Ele ganharia 22 Oscars ao longo de sua carreira, até hoje o maior número de prêmios já dados a qualquer pessoa. Durante os anos seguintes, Pateta, Pato Donald e vários outros personagens memoráveis ​​juntaram-se a Mickey. Mas a Disney acreditava que o futuro da empresa estava nos filmes de longa-metragem e lançou Branca de Neve e os Sete Anões em 1937. Foi o primeiro longa-metragem animado a ser produzido em Technicolor e custou quase US $ 1,5 milhão para ser feito, uma quantia impensável para os Estados Unidos na época, já que o país ainda passava pela Grande Depressão.

Crescimento da Empresa

Disney reconheceu que sua força estava no design das histórias, não na animação, e quando ele e seu irmão construíram um estúdio em Burbank, Califórnia, eles empregaram mais de 1.000 pessoas, incluindo animadores. Com base no sucesso de Branca de Neve, a Disney lançou Pinóquio e Fantasia em 1940, Dumbo em 1941 e Bambi em 1942. Todos se tornaram grandes sucessos à medida que o empreendedor Disney crescia em seu papel de empresário.

Mas o final dos anos 1930 e o início dos anos 1940 foram tempos difíceis para as empresas americanas. Disney sobreviveu à Grande Depressão e à Segunda Guerra Mundial, dedicando grande parte de seu novo estúdio à produção de filmes de saúde, educação e propaganda para o governo dos Estados Unidos. Também produziu comédias curtas com o objetivo de elevar o moral nacional. Para arrecadar dinheiro adicional, a Disney tornou pública sua operação em 1940.

A empresa não produziu nenhum filme novo durante a Segunda Guerra Mundial, mas em 1944 relançou Branca de Neve nos cinemas, gerando uma receita significativa naquele ano. Isso daria início a uma estratégia comum de relançar filmes a cada 10 anos e, posteriormente, regulamentar a disponibilidade de filmes da Disney em VHS e DVD. O próximo grande filme de animação veio em 1950, com o lançamento de Cinderela.

Diversificação

Conforme a empresa crescia, a Disney diversificou a produção além de desenhos animados e filmes animados. A Ilha do Tesouro, lançado em 1950, foi o primeiro filme de ação ao vivo do estúdio, e a empresa formou a Buena Vista Distribution alguns anos depois. Com sua própria empresa de distribuição interna, a Disney poderia continuar a produzir filmes enquanto economizava significativamente nos custos de distribuição. Sucessos de ação ao vivo como A Família Robinson em 1960 e Mary Poppins em 1964 se seguiram.

A estreia da Disney na TV aconteceu na mesma época que A Ilha do Tesouro, com o especial One Hour in Wonderland (Uma Hora no País das Maravilhas – tradução minha). O popular Mickey Mouse Club estreou como uma série de TV em 1955.

Mas foi outro programa de TV iniciado em 1954, chamado Disneyland (Disneylândia), que mostrou que Walt Disney tinha planos ainda maiores para a empresa. Alguns anos antes, a Disney estabeleceu a WED Enterprises como uma empresa separada e começou a traçar planos para a Disneylândia, um parque temático gigante. Como o parque era tecnicamente parte de uma corporação separada, a Disney conseguiu desenvolvê-lo em segredo, preocupando-se com a reação dos acionistas ao saber dos detalhes do projeto. A Disneylândia foi inaugurada em 1955 como um parque temático diferente de qualquer outro que o mundo já viu.

Disney empregou uma estratégia única para tornar o parque temático rapidamente um sucesso. Ele solicitou vários patrocínios corporativos para subsidiar custos e terceirizar alimentos e mercadorias dentro do parque. Assim que a Disneylândia começou a ganhar receita, a empresa recomprou esses direitos e manteve a receita internamente. Os planos para um segundo parque, que acabou se tornando o Walt Disney World, começaram com a aquisição de um terreno na Flórida na década de 1960. Esse segundo parque conteria a visão de Disney de como seria a futura comunidade urbana; ele a chamou de “Experimental Prototype Community of Tomorrow” (Protótipo Experimental da Comunidade do Amanhã), agora comumente conhecida como Epcot Center.

O sonho continua

Walt Disney morreu em 1966, cinco anos antes da inauguração da Disney World em Orlando, Flórida, e 16 anos antes da inauguração do Epcot Center em 1981. A revista Time nomeou a Disney como uma das pessoas mais importantes do século 20 em seu Time 100.

A marca Disney está atualmente avaliada em US$ 61,3 bilhões e foi eleita pela Forbes como a sétima marca mais valiosa do mundo em 2020. Será que esse resultado assombroso faria o empreendedor Disney perder a perspectiva e o rumo do negócio? Ao meu ver, dificilmente. Nas palavras do próprio Disney:

“Ao longo dos últimos anos nós nos aventuramos por muitos campos diferentes. Mas espero que nunca nos esqueçamos de uma coisa: tudo começou com um rato”.
Walt Disney

Para saber mais sobre Disney, recomendo a leitura da biografia “Walt Disney: O triunfo da imaginação americana“, de Neal Gabler.

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